Wagner se despede dos baianos pelo rádio e destaca ministério de Dilma

Jaques Wagner
Secom

“Hoje o mundo sabe que é preciso buscar o ponto de equilíbrio, o ponto de consenso”, afirmou o governador Jaques Wagner, no último programa semanal de seus oito anos de gestão, que foi ao ar nesta terça-feira (30). O comentário foi externado após receber o relatório parcial sobre a ditadura militar, elaborado pela Comissão Estadual da Verdade da Bahia (CEV-BA), nesta segunda-feira (29).

No programa Conversa com o Governador, ele agradeceu aos baianos pela acolhida nos dois mandatos como chefe do Executivo da Bahia e desejou que o ano de 2015 seja de muita paz. Também falou da indicação para o cargo de ministro da Defesa no governo federal e agradeceu à presidente Dilma Rousseff. “Eu não vou sair da Bahia. Vou trabalhar em Brasília, mas continuo vivendo com a família aqui”.

Ao iniciar o programa, Wagner falou da emoção neste último programa e cumprimentou a equipe envolvida na produção do Conversa. “Para mim sempre foi muito importante ter esse canal de comunicação. Quero agradecer também a todas as rádios, profissionais de imprensa, principalmente os da radiocomunicação, que contribuíram com a gente reproduzindo o nosso programa”. Wagner também enfatizou a importância do rádio no interior do Estado, “que tem uma capilaridade muito grande”.

O governador desejou a todos os baianos, “a todos vocês que nos acompanham, [o ano de 2015] de muita paz, saúde, muito sucesso e muita prosperidade para cada um individualmente, para cada um dos 417 municípios baianos. Eu finalmente consegui visitar todos os municípios pelo menos uma vez. Fui o único governador [da Bahia] que fez isso”.

Comissão da VerdadeQuanto ao relatório parcial da Comissão Estadual da Verdade, o governador enfatizou a importância do documento. “Todos sabem que sou um lutador da democracia. É claro que o movimento de 1964, civil e militar, deixou sequelas, como toda interrupção da democracia deixa, mas [no] ano que vem vamos comemorar 30 anos de democracia sem interrupção, desde 1985”.

De acordo com Wagner, “já podemos comemorar que é o maior período – três décadas – de história da democracia. Entendo que não há nada melhor, nada que supere a democracia para organizar homens e mulheres no nosso País, no nosso planeta. A Comissão da Verdade busca o esclarecimento daquele período, não para rancor, não para revide, mas para saber a verdade dos fatos, e ela é fundamental”.

O governador disse ainda que “a gente não tem que ficar com nenhuma sombra, nenhum esqueleto – como se diz – no armário. Aquilo era o período da Guerra Fria, o período da dicotomia mundial. Então havia toda uma conjuntura internacional e da luta entre capitalismo e socialismo, que acabou vindo ao chão, seja com a queda do Muro de Berlim, seja com a queda do Muro de Manhattan, como eu falo, na crise do mercado absoluto que se abateu nos anos de 2008 e 2009”.

Ele agradeceu pelo trabalho voluntário de todos, de todos os movimentos, as universidades. “A gente vai escrevendo a verdade dos fatos para interpretação e versão. A versão é admitida, mas a verdade dos fatos tem que estar posta”, ressaltou o governador ao citar a importância do trabalho realizado pela CEV-BA.

Ministério da DefesaAo falar sobre a indicação para o cargo no Ministério da Defesa, Wagner destacou “a confiança da presidenta Dilma [Rousseff] de me entregar um ministério de uma significação muito grande. Eu acho que nem todo mundo tem o alcance do que significa a Defesa hoje. É um dos maiores orçamentos nacionais, tocando projetos da maior relevância na área da cibernética, na área aeroespecial e na área nuclear, todos envolvendo muita tecnologia”. Ele citou ainda parcerias com Países a exemplo da França, a Suécia, os Estados Unidos, a Rússia e a China.

Para o governador, o Ministério da Defesa “tem a função de garantir primeiro a soberania nacional, nas nossas águas internas e nas águas marítimas do Oceano Atlântico, garantir a nossa soberania no nosso território. Temos muita tecnologia, projetos que são fundamentais que servem ao desenvolvimento econômico, industrial e social de todo o País”.

De acordo com Wagner, “é um contingente muito grande que vou coordenar. Insisto e quero dizer a todos, ao governador [diplomado] Rui Costa, que estarei lá, evidentemente ao lado da presidenta – além de ser ministro da Defesa, farei parte do Conselho Político. Estarei lá olhando o Brasil inteiro, mas olhando com um carinho especial a Bahia, para poder ajudar a cada município e a ele [para] fazer um governo que supere tudo aquilo que a gente conseguiu fazer nos oito anos”.

A última edição do programa vai ser encerrada com agradecimento “a todos que nos ajudaram a divulgar o Conversa com o Governador”. Os agradecimentos são extensivos a todos os baianos e baianas, e particularmente ao governador diplomado Rui Costa, ao vice-governador João Leão e ao senador Otto Alencar.

O programa Conversa com o Governador é produzido pela Secretaria de Comunicação Social do Governo da Bahia. O conteúdo está disponível no site www.secom.ba.gov.br e pelo telefone 0800-071-7328.